domingo, 29 de junho de 2008

Sobre Poetas e Profetas

Entre poetas e profetas existe um pensamento etéreo, que não se desfaz no tempo. Ambos buscam o invisível; um tenta sintetizar em palavras e conceitos a idéia do supremo amor perfeito, enquanto o outro tenta dar voz à sabedoria e vontade incompreensível evocada do Criador de todo universo.
Mas a verdade é que ambas tarefas se completam, sabendo-se que o amor perfeito só se encontra naquEle que criou tudo.
Encontramos profetas em todos aqueles que nos arrebatam do chão, não com força humana, mas com sincera iluminação da vontade de Deus, como aquele senhor humilde que prega com o coração e diz que a oração é a cura de todos os males, como exemplos de vida que sinceramente ultrapassam toda capacidade humana de entendimento: Paulo, Spurgeon, Moddy e Marthin Luther King. Entre os poetas, podemos descobrir pensadores menos divinos: Renato Russo e Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Elis Regina, Shakespeare e Victor Hugo; mas ainda assim, não menos inspirados em sua busca pelo belo, pelo amor perfeito.
Aqueles que conseguem sintetizar em sí mesmos a essência de ambas realidades são espíritos completos, pois revelação sem amor é tirana; amor sem revelação é libertino. Os poetas profetas agregam o poder de amar o Criador com força, razão e emoção, e liberar esse poder sobre o universo como resultado da revelação da vontade desse Criador em amar Sua criação.
Poetas e profetas são emoção e espírito, justiça e graça, liberdade e total servidão. São varas de punição feitas de delicadas tiras de seda; não ferem, somente derramam sinceras lágrimas de arrependimento. São criaturas, amantes, filhos delirantes, clamando por adoção. São longânimos saudosos de sua eterna pátria natal, enquanto caminham calejados em solos mortais. São razão e bondade. Paixão flamejante, sede torturante, vacilantes andarilhos da perfeição. São honra, são virtude. São profundidade e intensidade...