Como que lidamos com a dor de um não?
E se tudo o que queríamos for jogado na nossa cara, negado e então destruído para sempre? Se isso acontecesse contigo... Você ainda seria o mesmo?
O propósito da pergunta é saber: o que você crê, o que você ama, o que você veste, o que você pensa depende, necessariamente, do resultado dessas coisas, de uma maneira prática?
Se te disserem que seu chamado não é missões, ainda assim você irá para África?
Se aquela menina lhe for negada, você ainda assim continuará apaixonado?
Se você for demitido, chegará a conclusão que não servia para aquele emprego?
E se tudo o que você entende por certeza da manifestação de Deus em sua vida for embora? Sua igreja, suas profundas devocionais, seu vigor atlético em lutar contra o pecado, sua incrível habilidade em pastorear vidas... Se tudo isso for pelo ralo, de uma hora para outra? Você entregará os pontos, deixando de crer nEle?
E o que acontecerá se a verdade sobre seu caráter for revelada? Se você descobrir que não é tão fiel quanto pensava, que não consegue amar tão incondicionalmente ou então manifestar tanta espiritualidade? Você irá desistir de sí mesmo?
Suicidio espiritual. Que prática mais patética.
Eu olho para alguns cristãos, desacreditados. Eles são tristes porque não conseguem ser ungidos como o David Quinlan, ou ter ministérios grandes como o Hillsong United. Eles tentam ser tão proféticos como o Judson, e tão sábios como Ricardo Gondim, mas acabam descobrindo que não conseguem. E desistem. Eu vejo pedidos de clamor por isso e aquilo, e se negados, os meninos, birrados, choram. Jogam seus brinquedos no rosto de seu Pai, dizendo como ele é "mau".
Eu vejo Pedro, desanimado, lançar a rede ao mar. O homem que era para ser a rocha da igreja, de volta ao trabalho de um pescador ordinário. Com palavras de auto-censura, se suicidara: "Quem mandou negar o Mestre? Toda sua chance está acabada. Admita, Pedro. Deve ter alguém bem melhor que você para esse trabalho". E ele voltou, por um momento, a ser mais um daqueles pescadores, um ponto distante e perdido no vasto Jordão, com uma rede vazia e um coração em frangalhos. Porém, um encontro com o amor que não censura mudaria tudo; Ele chegaria de manso, como da primeira vez que o fizera, e ordenaria a ilógica tarefa de tentar denovo.
Pedro reconheceu seu Senhor, e obedeceu, enchendo a rede de peixes, antes de dar braçadas, nu, de volta ao seu Salvador na orla do rio. Jesus ressucitara "Talita", Lázaro, e agora Pedro. O medo e a descrença foram embora com apenas uma palavra da Palavra Eterna: Tente, dessa vez, do outro lado. E a vida brotou da morte para a fé.
A maior discussão bíblica se seguiria, numa completa manifestação de aceitação e amor profundo:
Jo 21: 15-17
Amigo, rejeite a morte. Principalmente aquela que é auto-aplicada. Ninguém te chamou nesse jogo pra ganhar; você já é mais que vencedor. Se apegue na vida pela fé, que é o que verdadeiramente agrada a Deus.
Peço perdão a todos aqueles a quem amo e já ofendi. E em nome de Jesus, estaremos juntos na glória. Na real? Nada importa muito, quando pensamos assim.
sexta-feira, 28 de março de 2008
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Um comentário:
hummm... a primeira parte me lembra Jó
qto a segunda...
se prestarmos atenção e quisermos ser como as pessoas, claro que vamos nos frustar e cometar suicídio espiritual, mas se o nosso referencial for Jesus, ai não haverá isso :)
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